quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Eco Sport 2.0 Flex!

“Com álcool, Ford EcoSport 2.0 Flex se mostra arisco””

“Motor Duratec, o mesmo usado no Focus, mantém com o álcool a elasticidade e a força que o tornam uma excelente opção.”

Alguns lançamentos automotivos são muito mais para marcar a chegada de um veículo ao mercado do que propriamente para que a imprensa especializada o conheça. Assim foi a apresentação do novo Ford EcoSport 2.0 Flex, um modelo cuja única novidade, a mais importante, demandará um tempo de convívio bem mais longo do que os 30 km em que tivemos a chance de dirigi-lo.
Mesmo assim, o novo motor Duratec Flex, fabricado no México, conseguiu preservar as qualidades que fazem dele o propulsor ideal para o Focus e até além do necessário para o EcoSport. Elástico, ele cresce de giro com disposição. Também tem um bom torque, tanto com álcool quanto com gasolina. São 191 Nm e 187 Nm, respectivamente, sempre a 4.250 rpm.
Foi pena não termos conseguido andar com o carro o suficiente para conseguir reabastecê-lo com gasolina. Aliás, rodamos com uma versão do EcoSport 2.0 Flex que não se encontra em nenhum catálogo. Nem vidros elétricos ele tinha, só as improvisadas manivelas de vidro espetadas no puxador da porta. O EcoSport, definitivamente, nasceu para ter vidros elétricos.

2.0 Flex 62.15 à 66.785
2.0 Freestyle 58.9 mil
2.0 Freestyle Automático 60.9mil
2.0 4WD 61.9mil à 64.785

De resto, o que ele tem de novo são sutilezas. Em termos de equipamentos, o FreeStyle vem com o My Connection, que tem entradas USB e auxiliares para iPod, mas nem isso é tão novo quanto o motor.
Ao volante
E foi justamente o motor que não conseguimos avaliar na extensão em que seria recomendável. Para isso, aliás, acreditamos que só a avaliação de longa duração que fazemos com os veículos após seu lançamento será suficiente. Em breve o carro estará conosco e poderemos contar melhor a vocês como ele se comporta com gasolina e com álcool.
Em termos de consumo, seguindo a norma NBR 7024, que, como sempre dizemos, não serve de referência para o dia-a-dia, mas como base de comparação com outros veículos, o motor Duratec flex faz, na cidade, 7 km/l com álcool e 10,7 km/l com gasolina. Na estrada, a marca é de 9,2 km/l com o combustível vegetal e 14 km/l com o fóssil.
Se o EcoSport for equipado com câmbio automático, de apenas quatro marchas, os números caem razoavelmente. Em ciclo urbano, ele faz 6,5 km/l com etanol e 9,5 km/l com gasolina. No rodoviário, a marca é de 8,8 km/l com álcool e 13 km/l com o derivado de petróleo.
São marcas parecidas com as conseguidas com o modelo 4WD, que não tem a opção de câmbio automático. Com álcool, ele faz 6,5 km/l na cidade e 8,5 km/l na estrada; com gasolina, 9,7 km/l em circuito urbano e 13 km/l no rodoviário.
Antes de colocar o EcoSport para andar, a regulagem de altura do banco e de altura do volante ajudam a encontrar uma boa posição de dirigir, mas a regulagem em distância do volante, não disponível no utilitário, faz bastante falta.
Apesar de ter melhorado muito em relação ao modelo anterior, o EcoSport continua tendo muito trabalho por fazer em relação a seu acabamento. Na unidade que avaliamos, o painel de instrumentos, em sua parte superior, causava uma distorção nos números semelhante à que alguém com astigmatismo enfrenta. Dá uma sensação ruim de falta de foco.
Os plásticos do painel, mesmo com uma superfície menos reflexiva, ainda deixam muita luz bater de volta no pára-brisas, o que pode incomodar a condução em dias mais ensolarados.
Em marcha, o EcoSport com motor Duratec se comporta bem. Não fosse a altura, que é justamente seu grande diferencial (e o motivo de ele ser o queridinho das mulheres), ele ofereceria uma condução bastante esportiva. Na reta, é fácil manter velocidades acima de 120 km/h com grandes reservas de motor, ainda que não tenhamos tentado, até por não haver estrada nenhuma no Brasil onde isso é possível. O giro bem baixo do propulsor a essa velocidade permite supor que, a 140 km/h, ainda se estaria em modestos 3.000 rpm.
Em termos de espaço interno, o EcoSport comporta bem quatro adultos. O quinto, no banco do meio, sofrerá o que todo quinto passageiro costuma sofrer: o túnel central rouba espaço das pernas, o banco traseiro, no meio, não é tão confortável e a sensação de viajar entre os bancos da frente não é exatamente a mais cômoda do mundo.
O porta-malas, menor que o de um Fiesta, também não comporta a bagagem de uma família relativamente grande como se poderia esperar. A bem da verdade, o EcoSport, um híbrido de carro de passeio com utilitário, bem poderia ser chamado de crossover, o que o deixaria em posição de vanguarda, no mercado. Bom seria se, nessa mistura toda, ele tivesse herdado só os melhores pontos de cada segmento que o criou.
FICHA TÉCNICA – Ford EcoSport 2.0 Flex

MOTOR
Quatro cilindros em linha, quatro tempos, DOHC, refrigerado a água, 1.999 cm³

POTÊNCIA
141 cv com gasolina e 145 cv com álcool a 6.000 rpm

TORQUE
187 Nm com gasolina e 191 Nm com álcool a 4.250 rpm

ALIMENTAÇÃO
Injeção eletrônica de combustível

CÂMBIO
Manual de cinco ou automático de quatro marchas

TRAÇÃO
Dianteira ou nas quatro rodas (4WD)

DIREÇÃO
Hidráulica progressiva

RODAS
Dianteiras e traseiras em aro 15”, de aço ou de liga-leve, com opção de aro 16”

PNEUS
Dianteiros e traseiros 205/65 R15

COMPRIMENTO
4,23 m

ALTURA
1,68 m

LARGURA
1,98 m

ENTREEIXOS
2,49 m

PORTA-MALAS
292 l

PESO (em ordem de marcha)
1.234 kg a 1.385 kg

TANQUE
54 l

SUSPENSÃO
Dianteira independente, tipo McPherson; traseira com barra de torção ou multilink, independente (4WD)

FREIOS
Dianteiros com discos ventilados e traseiros com tambores

CORES
Prata Enseada, Prata Riviera, Azul Ilhéus, Verde Maragogi, Cinza Camburi, Branco Ártico, Vermelho Arpoador, Preto Ebony

PREÇOS
R$ 58,9 mil (FreeStyle) a R$ 64.785 (4WD)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ford Fusion 2010



















Ford Fusion 2010 é oficialmente apresentado em Los Angeles

Motor de quatro cilindros passa de 2,3 litros para 2,5 litros e potência sobe para 175 cv

No final de outubro, nós avisamos mais uma vez: o Ford Fusion ia mudar em breve. A apresentação oficial, marcada para o Salão de Los Angeles, acontece agora e mostra que, além de ficar mais bonito, o Fusion tem duas versões muito interessantes, para atender tanto ao gosto de quem quer economizar combustível e poupar petróleo e para quem quer mesmo é ver o que a gasolina tem. São respectivamente o Hybrid e o Sport.

O Hybrid, como o próprio nome diz, tem motor a combustão conjugado a um elétrico para ajudar a mover o Fusion. No sedã, o motor elétrico consegue atuar sozinho a velocidades de até 76 km/h. É quase o dobro da velocidade de alguns concorrentes. O motor, um Duratec 2,5-litros, é diferente dos demais. Em vez de ciclo Otto, ele usa o ciclo Atkinson.

No ciclo Otto, o curso de compressão é igual ao da expansão. No Atkinson, o de expansão é maior. Trocando em miúdos, o motor de ciclo Atkinson aproveita melhor a queima de combustível. Ele é considerado hoje o motor a combustão mais eficiente em produção. Tanto é assim que ele é o padrão dos veículos híbridos.

O preço que o ciclo Atkinson cobra é uma potência mais baixa. Em vez dos 175 cv e 194 Nm do motor normal (o que deve vir ao Brasil, inclusive), ele gera 155 cv e 154 Nm. Pouco para um motor 2,5-litro, mas, como ele atua em conjunto com o elétrico, e só em velocidades mais altas, isso nem deve ser notado. Bom seria se tivéssemos a chance de avaliar este carro algum dia, mas a possibilidade de híbridos no Brasil é bem remota.

Com esses fatores combinados, o carro consegue uma autonomia surpreendente. Na cidade, segundo a Ford, ele pode percorrer até 1.126 km com um tanque de gasolina. Lembrando que o Fusion sofreu apenas uma reestilização, e que a Ford não divulgou a ficha técnica do modelo novo, o tanque deve continuar com o mesmo tamanho do do modelo atual, com 66,2 l. Isso dá quase 17 km/l de consumo na cidade, consumo comparável ao dos automóveis a diesel e muito melhor do que o de muito carro de motor 1-litro no Brasil...

Sport

O Sport, por sua vez, tem um motorzão V6 de 3,5 litros que desenvolve 263 cv. Aliado ao novo câmbio automático de seis velocidades, presente em todas as versões, o carro deve ter um belo desempenho, que a Ford, surpreendemente, ainda não divulgou. Todo o resto, como o interior azulzinho, é perfumaria. As rodas de aro 18” até seriam, mas elas devem dar ao carro um comportamento mais agressivo, dependendo do perfil dos pneus.

Além dos Fusion, a Ford aproveitou para mostrar também o Mercury Milan, um modelo muito mais conservador. Veja-o no final da galeria ao lado. Ajuda a entender porque a Mercury está ameaçada de desaparecer.

Nenhuma destas duas versões apetitosas do Fusion deve vir ao Brasil, mas o modelo básico, assim como os outros, é feito no México e tem mais ou menos a mesma aparência. Como o novo sedã começa a ser vendido nos EUA no começo do ano que vem, aqui ele também chega em 2009, ainda que um pouco mais para a frente.